21 de Marco de 2019,16h00
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São Paulo é a primeira cidade do hemisfério Sul a assinar o Compromisso Global da Nova Economia do Plástico, o maior plano de ações para reverter a crise do consumo plástico no planeta. O anúncio foi realizado dia 14 de março, durante a 4ª Assembleia da ONU para o Meio Ambiente. Liderado pela Fundação Ellen MacArthur, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) Meio Ambiente, o Compromisso Global busca erradicar o desperdício e a poluição gerada por plásticos.
Lançada em outubro de 2018, a iniciativa traça metas ambiciosas para empresas, governos e organizações estabelecerem medidas no combate às embalagens plásticas a partir dos princípios da economia circular. O Compromisso Global já reúne mais de 350 organizações que se comprometeram com um conjunto de metas para 2025, entre elas eliminar os itens plásticos de uso único e tomar medidas para que todos os plásticos possam ser reciclados ou compostados, no caso de embalagens plásticas biodegradáveis, com segurança.
Entre as medidas que a Prefeitura de São Paulo passa a assumir com a assinatura do Compromisso está estimular a eliminação de embalagens desnecessárias até 2025, efetuar compras sustentáveis e divulgar campanhas de conscientização sobre o consumo desnecessário do plástico de uso único. Além disso, o pacto estabelece o incentivo a modelos de reúso e o aumento da taxa de coleta, separação, reutilização e reciclagem, ações que atendem a Meta 24 do Programa de Metas do Município de São Paulo.
Responsável por convidar publicamente o munícipio a assinar o Compromisso Global há um ano, o vereador Xexéu Tripoli (PV) afirma que a assinatura é um marco importante e que agora medidas precisam ser tomadas urgentemente para rever o uso do plástico, que já causou danos sem precedentes.
“É necessário que a gente tome atitudes cobrando o poder público, as indústrias e conscientizando a população sobre um novo modelo para o uso desse material”, defende.
Segundo Tripoli, a capital entra no pacto se comprometendo com medidas que atendam a um novo modelo de economia circular. "Esse momento é muito importante e as pessoas vão entender isso ao longo do trabalho, porque vamos começar a colocar em prática o acordo. São Paulo será um exemplo, não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro como a cidade que está preservando o meio ambiente".
Criada em 2010, a Fundação tem a missão de acelerar a transição rumo a uma economia circular, alternativa que busca redefinir o modelo econômico existente, baseado em extrair, transformar e descartar. Com foco em benefícios para toda a sociedade, o objetivo é eliminar resíduos descartáveis e reinserir produtos e materiais em ciclos produtivos.
O conceito de economia circular surgiu com a velejadora Ellen MacArthur durante uma de suas aventuras no mar. A britânica realizou uma viagem em torno do globo que lhe trouxe o recorde mundial de circum-navegação mais rápida e um novo olhar sobre os recursos naturais. O resultado da urgência em mudar hábitos resultou na criação da Fundação Ellen MacArthur, que insere o conceito na agenda de tomadores de decisão de empresas e governos.
No relatório, a entidade convida os fabricantes, indústria, organizadores e governos do mundo todo a assinarem o Compromisso Global e a se juntarem aos mais de 350 signatários em busca de uma economia circular para o plástico.
Texto produzido em 15/03/2019
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