14 de Marco de 2023,15h00
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Apesar de todos os esforços de conscientização, a produção e o consumo de plásticos de uso único cresceram no mundo todo entre 2019 e 2021.
Os dados do Plastic Waste Makers Index (PWMI), organizado pela Minderoo Foundation, indicam que a população mundial consumiu 139 milhões de toneladas métricas de plásticos descartáveis em 2021.
Em 2019, ano do primeiro levantamento capitaneado pela fundação, foram consumidas 133 milhões de toneladas métricas.
Em resumo, a pesquisa mostra que o problema da poluição plástica piorou e novas estimativas das emissões de gases de efeito estufa colocam os fabricantes desses itens entre os principais responsáveis pela crise climática.
Mas quem são esses fabricantes? Bom, a composição das 20 principais empresas petroquímicas com a maior pegada de resíduos plásticos do planeta é bem parecida com o primeiro PWMI.
A ExxonMobil, com sede nos Estados Unidos, continua sendo a maior produtora de polímeros para plásticos descartáveis (responsável por 6 MMT somente em 2021), seguida pela chinesa Sinopec (5,8 MMT), e por outra norte-americana, a Dow (5,3 MMT).
Por isso, entre as recomendações do relatório está um forte apelo para que o mercado e as instituições financeiras usem estratégias de engajamento, votação por procuração e suspendam investimentos como forma de pressionar essas empresas.
Vale destacar que mesmo com o endurecimento da legislação em muitos países, dos apelos da comunidade científica internacional e do movimento ambientalista, as petroquímicas estão construindo novas fábricas de polímeros baseados em combustíveis fósseis.
O índice ainda conclui que embora a reciclagem ofereça uma solução eficiente tanto para a crise climática quanto para a crise do lixo, ela não está aumentando na taxa necessária para a questão do lixo plástico, que demanda da ONU um tratado mundial.
De 2019 a 2021, o crescimento na massa de plásticos descartáveis de polímero virgem ultrapassou o da matéria-prima reciclada por um fator de quinze para um (6 MMT contra 0,4 MMT).
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