21 de Janeiro de 2025,10h00
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Florianópolis, em Santa Catarina, é a única cidade brasileira a adotar oficialmente o conceito de lixo zero.
Desde 2018, o município estabeleceu a meta de reduzir em 90% o envio de matéria orgânica para aterros sanitários e em 60% o descarte de materiais recicláveis até 2030.
A cidade conta com 296 pontos de entrega voluntária de vidro, que garantem a coleta de aproximadamente 150 toneladas do material por mês, sendo uma das iniciativas mais eficientes do país.
Além disso, possui dez pontos de entrega para isopor, onde o material é limpo, processado e transformado em produtos como rodapés e revestimentos.
Uma fábrica local, que descobriu há 20 anos as vantagens de substituir madeira por isopor, lidera esse processo.
O Programa Lixo Zero de Florianópolis reflete o compromisso com a sustentabilidade e serve de exemplo para outras cidades brasileiras.
Enquanto boa parte do país ainda descarta toneladas de resíduos sem aproveitamento, a capital catarinense transforma descarte em oportunidade e reafirma sua liderança na gestão de resíduos.
De acordo com a Zero Waste International Alliance (ZWIA), o conceito do termo pode ser resumido da seguinte forma: conservar os recursos naturais do planeta através de processos ambientalmente responsáveis de produção, consumo e reutilização produtos e embalagens.
Seu objetivo é um criar um sistema econômico livre de resíduos enviados para aterros, máquinas de incineração, florestas e oceanos. Na essência, o movimento busca alterar a cultura do “comprar, usar e descartar”.
No lugar, promove uma abordagem mais circular e menos linear da forma como consumimos atualmente. Seus princípios são orientados pela responsabilidade compartilhada por fabricantes, governos e população.
Na verdade, o Lixo Zero busca investigar e alterar todo o ciclo de vida de um produto ou material, destacando ineficiências, práticas de produção e de consumo insustentáveis.
É uma ideia que pretende minimizar ou até extinguir o desperdício, desde a produção até o consumo final.
Sua meta é fechar o ciclo proposto pela economia circular e redefinir todo o conceito de resíduo, garantindo que os recursos permaneçam em uso pelo maior tempo possível antes de serem devolvidos à terra, de preferência com pouco ou nenhum impacto ambiental no momento do descarte.
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