23 de Abril de 2025,10h00
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A maioria dos macarrões vendidos em São Paulo e no Brasil é embalada em sacos de BOPP (polipropileno biorientado), tipo de plástico com baixa reciclabilidade no país.
Apesar de ser tecnicamente reciclável, o BOPP é rejeitado pela ampla maioria das cooperativas da capital pelo baixo valor de mercado e pela dificuldade de encontrar compradores.
Afinal, como já explicamos em outros posts e reportagens, o material é composto por diferentes camadas, muitas vezes misturado a tintas e aditivos, fatores que prejudicam ou inviabilizam os processos de reciclagem.
Vale lembrar que o BOPP também aparece em pacotes de biscoito, salgadinhos, produtos de limpeza e de higiene pessoal.
A escolha do material pelo mercado está relacionada ao seu baixo custo e à boa proteção contra umidade e transparência, características valorizadas pela indústria.
No fim, a maior parte dessas embalagens acaba em aterros sanitários, em lixões clandestinos ou no meio ambiente, mesmo quando o consumidor separa corretamente e encaminha para a coleta seletiva.
“Os fabricantes precisam entrar no circuito para incentivar a cadeia de logística reversa desses materiais”, afirma Jair do Amaral, presidente da Federação Paulista das Cooperativas de Reciclagem.
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