05 de Junho de 2018,11h20
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A China quer deixar de ser a lixeira do mundo. Explica-se: o país recebe cerca de 7 milhões de toneladas de embalagens e garrafas plásticas, oriundas de outros países. Isso significa 70% do plástico descartado no mundo. Agora, chega, segundo o governo chinês.
A medida causou apreensão nos Estados Unidos e na Europa, que terão de arrumar outro jeito de se livrar de seu próprio plástico.
De acordo com o governo chinês, o objetivo é proteger o meio ambiente do país do "lixo 'sujo' e, inclusive, perigoso" que hoje chega ali. As autoridades também dizem que a produção nacional de recicláveis já é suficiente para atender a demanda da indústria local.
Os temores provocados pelo anúncio de Pequim refletem a dependência mundial da China para o manejo do lixo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o comércio desses produtos com a China (incluindo Hong Kong) movimentou US$ 21,6 bilhões no ano passado.
União Europeia e Estados Unidos são os principais exportadores. O Brasil também contribuiu com uma pequena parte do total - em 2017, o país vendeu para a China 25,3 mil toneladas de papéis para reciclagem. Também despachou para o país asiático 14,6 mil toneladas de resíduos e restos de metais para reciclagem, principalmente cobre (12,3 mil toneladas), alumínio e aço. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), levantados a pedido da BBC Brasil.
Fonte: BBC Brasil
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