06 de Marco de 2025,10h00
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Pesquisadores brasileiros deram um passo significativo na luta contra a poluição plástica ao identificar uma bactéria capaz de decompor resíduos plásticos e transformá-los em bioplásticos de alta qualidade.
O estudo apoiado pela FAPESP por meio de 13 projetos foi publicado no periódico Science of The Total Environment e detalha como o microrganismo, denominado BR4, degrada o tereftalato de polietileno (PET) e produz polihidroxibutirato (PHB), um biopolímero promissor para aplicações sustentáveis.
A equipe de cientistas coletou amostras de solo contaminado e desenvolveu comunidades microbianas capazes de degradar materiais como polietileno (PE) e PET. A análise metagenômica dessas comunidades revelou novos microrganismos e enzimas associadas à degradação de polímeros.
Entre eles, destacou-se a bactéria BR4, que não apenas decompõe o PET, mas também sintetiza PHB, um bioplástico biodegradável e biocompatível.
O PHB possui propriedades termoplásticas semelhantes às dos plásticos convencionais, como o polipropileno, mas com a vantagem de ser biodegradável. Isso o torna uma alternativa atraente para a fabricação de embalagens sustentáveis e aplicações biomédicas, como suturas e liberação controlada de fármacos.
Além disso, o PHB é produzido a partir de fontes renováveis, como resíduos orgânicos, o que reduz a dependência de derivados do petróleo e diminui a pegada de carbono.
A descoberta da bactéria BR4 abre novas perspectivas para a gestão de resíduos plásticos e a produção sustentável de bioplásticos. Ao utilizar microrganismos para converter lixo plástico em materiais biodegradáveis, é possível mitigar a poluição ambiental e promover a economia circular.
No entanto, desafios como a escalabilidade do processo e os custos de produção ainda precisam ser superados para viabilizar a aplicação industrial em larga escala.
Em resumo, a descoberta destaca a importância da pesquisa científica na busca por soluções inovadoras para problemas ambientais globais e reforça o papel do Brasil na vanguarda da biotecnologia sustentável.
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Estudo apoiado pela FAPESP foi publicado no periódico Science of The Total Environment